From the surrounds, we build the present
Entrevista com Cindy Sissokho, curadora, e Carolina Fontes, gestora da coleção FAS - Forward Art Stories
Cara Cindy, Cara Carolina,
Agradeço-vos o tempo que tiraram para discutirmos as vossas ideias para a exposição From the surrounds, we build the present, com curadoria de Cindy, a partir da coleção da FAS - Forward Art Stories, e patente no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, em colaboração com as Galerias Municipais/EGEAC. Antes de discutirmos a exposição, gostava de falar convosco sobre a vossa prática e a coleção.
Luísa Santos: Cindy, quando nos conhecemos pela primeira vez, através de Benjamin Weil, um amigo em comum, perguntaste-me “o que significa a palavra instituição?”. Este foi o início da nossa colaboração no âmbito do Institution(ing)s, e de muitas conversas, todas elas ligadas à(s) linguagem(ns), como as usamos e como as praticamos. Mais do que uma questão, esta é uma longa discussão, mas pergunto se poderias partilhar brevemente algumas das ideias e do teu processo de investigação para o que chamámos “glossário online”, e talvez partilhar como tens vindo a trabalhar a(s) linguagem(ns) na relação com os conhecimentos e produção artística de perspectivas sistematicamente racializadas e marginalizadas?
Cindy Sissokho: Penso que a palavra “instituição” é utilizada com tanta frequência na nossa área, oiço-a todos os dias — e ainda não tem uma definição clara na minha mente, uma palavra que representa uma estrutura tão monolítica e dependente de dinâmicas de poder, que acredito tomar várias formas, sofrer mutações e reinventar-se a si mesma, ecoando ou contrastando com muitos factores (sociais, culturais, económicos, ambientais, etc.). Este(s) mundo(s) muda(m) e significa(m) diferentes coisas em diferentes lugares — neste lugar em que a enunciamos, a palavra ‘instituição’ mantém uma forte conotação eurocêntrica. As palavras são traduzidas quando, e à medida que, vão sendo necessárias, e às vezes torna-se impossível comunicar verdadeiramente como damos forma ao(s) nosso(s) mundo(s).
O glossário online que estamos a desenvolver é uma plataforma para, colectivamente, interrogar as palavras que povoam e dirigem as nossas práticas nesta área, e que são importantes na formulação da cultura enquanto ferramenta política. É uma plataforma que será construída em colaboração com instituições parceiras do projecto e diversos públicos, ao longo de vários anos. Vejo-a como um estudo de práticas e linguagens correntes, de formas de vida e de existência enquanto diálogo contínuo, aberto e fluido.
Linguagens são basilares na minha prática curatorial — são os formatos e metodologias de produção de conhecimento e cultura. Tenho um interesse profundo na criação artística, e este interesse molda continuamente as formas como penso e trabalho. A minha prática curatorial tem-se focado principalmente em práticas e perspectivas sistematicamente mantidas à margem de enquadramentos sócio-culturais e políticos maiores, e de narrativas hegemónicas mais abrangentes. Esta visão é central para as colaborações que desenvolvo, entre o fazer de exposições e a escrita, a mentoria e apresentação em seminários, a produção de residências artísticas e de publicações. Porque acredito, como as várias definições de uma palavra, que trabalhar pela visibilidade e pela implementação de conhecimento e questões ainda hoje ignoradas — novas ou já existentes — é uma força que toma várias formas em constante transformação. Acredito em ser intraduzível e difícil de definir enquanto se cria um impacto nas narrativas, nas pessoas e nos lugares.
LS: Carolina, a FAS - Forward Art Stories, como muita da prática curatorial de Cindy, é impulsionada por ideias-chave de diversas narrativas e expressões artísticas do continente Africano e sua diáspora. Podes partilhar um pouco sobre como começou a coleção, quais os seus objectivos, e de que forma estes se relacionam com o vosso interesse em perspectivas curatoriais diferentes, como a de Cindy Sissokho?
CF: A coleção FAS começou em 2016, quando Mariana Champalimaud e Rui Horta e Costa, ambos da área das finanças, olharam mais atentamente para a coleção de arte de um cliente e notaram uma presença significativa de artistas do continente Africano e sua diáspora. Na mesma altura, movidos por um crescente interesse no trabalho destes artistas, começaram a visitar algumas feiras de arte mais focadas em arte africana, como a 1-54 Feira de Arte Africana Contemporânea em Marraquexe.
Com o passar do tempo, a visão de Mariana e Rui sobre o que é uma coleção de arte — e sobre o papel do colecionador — levou-os a adquirir parte da coleção e a fundar a FAS - Forward Art Stories. Daí em diante, a FAS tomou uma forma para lá da iniciativa privada: a Mariana e o Rui comprometeram-se a construir um projeto com alcance internacional, baseado em parcerias e colaborações — não apenas uma coleção pessoal para ter em casa.
Entrei na FAS em 2023, movida pelo interesse comum nas perspectivas culturais, políticas e históricas embutidas no trabalho de artistas africanos. A partir daí, o nosso compromisso com aprofundar o entendimento da coleção — e de apoiar diversas vozes artísticas e curatoriais, como a de Cindy — tornou-se central para a missão da FAS.
Hoje operamos a partir do nosso escritório em Lisboa, onde desenvolvemos a maioria dos nossos projectos. Recentemente, abrimos o FAS Project Space em Luanda — um espaço ligado à comunidade artística local, possibilitado pelo apoio generoso da nossa consultora Mehak Vieira, que gere a galeria Jahmek Contemporary. Estar fisicamente presente no continente é parte essencial da nossa missão, e este espaço reflete o nosso compromisso de apoiar e dialogar com práticas artísticas em África a longo prazo.
LS: Quando li pela primeira vez a seleção de artistas, fui imediatamente atraída pelas diferentes narrativas possíveis, presentes na prática de cada artista. Como é que vocês, Cindy (na tua perspectiva de curadora da exposição) e Carolina (na tua perspectiva de gestora da coleção), vêem as linhas conectoras entre os trabalhos presentes em From the surrounds, we build the present?. Por outras palavras, que constelações estabeleceram quando imaginaram a(s) narrativa(s) da exposição, Cindy? E Carolina, quais foram as conexões que mais te surpreenderam em From the surrounds, we build the present?
CS: Esta exposição é resultado de muitas linhas do meu processo de pesquisa curatorial — estava a definir temas a partir de trabalhos existentes na coleção. Normalmente as minhas ideias surgem de outra forma, penso a partir de conceitos, ideias, questões e preocupações, e depois é que penso em obras novas ou existentes.
Quando comecei a pesquisar a coleção para esta exposição, deixei-me guiar pelos trabalhos reunidos na FAS — na minha opinião, uma coleção deve ser entendida como um corpo de trabalho que conta a história de um olhar específico, de uma visão específica. É uma plataforma curatorial desenhada a partir de uma ampla paisagem de práticas artísticas. A coleção tem múltiplas linhas de conversação, e por vezes ressoa com outros trabalhos. Assim, teci formas artísticas em conjunto com discursos históricos, de uma obra para outra. No fundo, o trabalho foi mapear e desenhar conexões para melhor entender o corpo de obras que a coleção incorpora, e as histórias que conta.
A minha prática curatorial também se foca em criar pontes entre narrativas transnacionais, e foi de forma natural que comecei a pensar para lá da coleção. Queria quebrar com esta ideia monolítica do continente Africano e da sua diáspora global. Não é estático, é intraduzível, complexo e sempre em mudança, política e conceptualmente. Queria convidar o artista Gabriel Chaile, por exemplo: Chaile é do norte da Argentina, e mudou-se para Lisboa há quatro anos atrás, durante a pandemia. A sua presença simbólica na exposição, com a escultura ¿Por qué has corrido tan lejos? (2024), estabelece conexões inesperadas com muitas artistas na coleção, como Sandra Poulson ou Teresa Kutala Firmino.
CF: Para mim, algumas das mais inesperadas (no entanto poderosas) conexões nesta exposição emergem das formas como as práticas artísticas se intersetam entre geografias, temporalidades, e memórias pessoais ou políticas — temas centrais em muitas das obras da coleção — e esta exposição permitiu que ressoassem de maneira simultaneamente íntima e expansiva.
Há uma forte presença de artistas da diáspora, como Grada Kilomba, Frida Orupabo e Hank Willis Thomas, cujos trabalhos interrogam traumas históricos, memória colonial, e a visibilidade de corpos negros através de propostas conceptuais e arquivísticas. Por outro lado, artistas como António Ole ou Kiluanji Kia Henda exploram a realidade pós-independência e a transformação urbana em Angola, oferecendo perspectivas — igualmente críticas — enraizadas em materialidades e linguagens arquitetónicas. Há também uma constelação de artistas — que inclui Délio Jasse, Edson Chagas e Kiripi Katembo — cuja prática fotográfica manipula a realidade e a memória, questionando a noção de espaço e tempo do espectador.
Um dos aspetos mais significativos de produzir esta exposição com a Cindy foi testemunhar como estes trabalhos comunicam entre si através de gestos partilhados: exclusão, repetição, sobreposição, ironia. Estes gestos ecoam e reforçam a nossa missão: nutrir uma coleção que vai para lá da representação, seguindo a direção do diálogo, da complexidade e do pensamento crítico.

From the surrounds, we build the present. Vista da exposição no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Lisboa, 2025. Fotos: Bruno Lopes. Cortesia EGEAC / Lisboa Cultura.
Luísa Santos: Construída a partir do conceito de “arredores” do urbanista AbdouMaliq Simone, esta exposição explora mitos e realidades vividos pelas pessoas nos ambientes que habitam. Isso levou-me a pensar de que formas a especificidade do espaço da galeria pode impactar a narrativa da exposição: falamos da Cordoaria Nacional, construída na década de 1770 por ordem do Marquês de Pombal, num terreno contíguo ao do Forte de São João da Junqueira em Belém, e elevada a monumento nacional em 1996. Este espaço e as suas histórias desempenharam algum papel no pensamento e formulação de From the surrounds, we build the present? Se sim, qual?
CS: A localização da galeria e, de forma mais geral, da cidade foram elementos fundamentais de reflexão para esta exposição, paralelamente às ligações de muitas obras com as políticas da própria cidade. Visito Lisboa com regularidade, há já quatro anos, e tenho-a visto transformar-se tão rapidamente, enquanto vou entendo também os estratos raciais, económicos e de classe que a cidade corporifica. Só precisamos de observar os movimentos quotidianos da cidade, quem vive onde e como, para entender que Lisboa reproduz o mesmo regime violento de estratificação urbana de Paris ou Londres, cidades que conheço bem.
Por exemplo, incluí a obra de Kiluanji Kia Henda, intitulada Padrão dos Descubrimentos (2006) numa referência direta ao bairro — eu queria que o trabalho se relacionasse com o monumento em si, localizado a dez minutos da galeria. A partir de uma perspectiva radical e política, este trabalho de Henda denuncia o monumento, cuja presença se traduz numa glorificação contínua de um passado colonial, e logo uma forma de normalização dos legados onde ainda hoje assentam as infra-estruturas sociais em Portugal. A obra não só reflete visivelmente sobre esta história contínua, mas continua a criar uma linguagem que contraria e subverte, amplificando também um espaço poderoso para a presença de pessoas racializadas, que de outra forma continuariam silenciadas, as suas histórias distorcidas ou ainda por contar.
Queria que esta exposição fosse atual e local, mas também internacional, enfatizando um olhar espacial e arquitetónico sobre as obras da coleção — um tema-chave presente em muita da produção destes artistas. De novo, e no contexto mais amplo da minha prática curatorial, estou resolvida a re-enquadrar, trazer novas perspetivas, e reativar conversas cruciais para a sobrevivência das pessoas e dos seus ambientes. Esta exposição tenta trazer isso, enquanto mostra de que formas os artistas apresentados trabalham ativamente com ficção, mitos, contos e outras subtilezas, para se ancorarem, estarem presentes, existirem e permanecerem visíveis no domínio público, através do seu trabalho.
CF: Vejo a presença de arte contemporânea africana, inserida no contexto deste espaço e das suas histórias — e especialmente tendo em conta as suas camadas de passado colonial e o seu atual papel como instituição pública para a arte contemporânea —, como parte de algo significativo. Inevitavelmente, a história e a envolvente do edifício adicionam camadas a qualquer exposição de arte que receba. E isto é especialmente relevante para os artistas da Coleção FAS, muitos deles ativamente envolvidos na interrogação da memória, migração, identidade e resistência pós-coloniais.
O diálogo entre passado e presente é extremamente necessário em Portugal, onde o legado colonial é ainda uma parte complexa e ativa da narrativa nacional. Tendo em conta o contexto, o papel da Coleção FAS não pode ser apenas o de colecionar obras de arte, mas o de riar uma plataforma de visibilidade, intercâmbio e reflexão crítica. Mostrar estes artistas neste espaço — fazendo-o de forma pública, em colaboração com as Galerias Municipais — alinha-se com a nossa missão de apoiar práticas artísticas que colocam questões difíceis e abrem espaço para novas perspetivas.
LS: Voltando à ideia de “arredores”, adotada do livro The Surrounds de AbdouMaliq Simone, fiquei particularmente fascinada pela leitura de Cindy do “mito enquanto imaginação de histórias”[1]. Na exposição, Cindy refere-se às ideias pré-construídas sobre o corpo Negro ao longo dos tempos e espaços, ou às violentas histórias coloniais (como a portuguesa) e os seus legados, ainda hoje extremamente presentes. Os arredores de Simone são definidos como os espaços urbanos para lá do controlo que existe, locais de (re)apropriação e imaginação. Nestes espaços onde habitam populações sistémica e sistematicamente colocadas à margem, criam-se novas relações e formas de estar e ser, em processos constantes de imaginar o potencial transformador individual e coletivo. Estava a pensar se poderiam discutir (ambas) como é que as obras de From the surrounds, we build the present? traduzem estes processos de (re)imaginar realidades pessoais e coletivas.
CS: As noções de mito e imaginação são muito importantes, funcionando como uma espécie de fio condutor na exposição — para mim, os arredores são local de encontro da sobrevivência, reinvenção, subversão e agência, que ativa novas conversas sobre as histórias culturais e políticas das pessoas em África e na diáspora. Espelham uma1cidade como Lisboa.
Não é só apontar dedos aos mitos e imaginários coloniais que permitiram a possibilidade de violência histórica e roubo, que sustentaram e continuar a reavivar os mitos. Aqui refiro-me aos fantasmas do passado que ressurgem agora, como o assustador regresso das políticas fascistas, o reforço das políticas de imigração hostis, e a normalização da estratificação racial e de classe na cidade de Lisboa, entre outras. Mas também reflito sobre o facto de, apesar de uma paisagem política instável, as pessoas ainda encontrarem formas de viver e reinventar uma e outra vez. Portanto, esta ideia de mito na exposição abre espaço à reflexão sobre o binário da imaginação política — que nos salva mas também nos destrói. É uma chamada de atenção, para a necessidade urgente de nos juntarmos para pensar em mudar as narrativas e diversificar as aproximações, com mais urgência que nunca.
Carolina Fontes: Para mim, um dos aspetos mais significantes de From the surrounds, we build the present? é como a proposta curatorial de Cindy colocou o conceito de “arredores”, de AbdouMaliq Simone, em diálogo com as obras da coleção — em particular, a sua visão do mito enquanto ferramenta para imaginar e reimaginar histórias. As suas decisões curatoriais destacam as formas como muitos destes artistas refletem a reconstrução da memória pessoal e coletiva, muitas vezes a partir de posições marcadas pelo deslocamento, marginalizarão ou legado colonial. Dito isto, acho que não me alongarei nesta questão, uma vez que Cindy conseguirá articular a sua visão, e aproximação ao conceito de Simone, com mais clareza e profundidade que eu.
LS: Esta exposição inclui à volta de 50 obras de artistas de todo o continente africano e sua diáspora global, demarcando-se como a mais extensiva e compreensiva mostra da coleção FAS até hoje. A exposição inclui também uma seleção de artistas convidados, que não compõem a coleção. Cindy, poderias partilhar o processo de pensamento que te levou a adicionar narrativas e visões de artistas não pertencentes à coleção? Carolina, qual a relevância, para a FAS, de dialogar com artistas e temas fora da coleção?
CS: Como mencionei anteriormente, era crucial para mim pensar para lá da coleção para desenhar conexões com as obras que a compõem. Adoro criar ligações entre espaços, sejam conceptuais, geográficos ou até culturais. Por exemplo, ¿Por qué has corrido tan lejos? (2024) de Gabriel Chaile foi uma forma de criar ligações “incomuns”. Sempre admirei a forma como Chaile trabalha as tradições (materiais, cosmologias e contos) ao lado das realidades quotidianas, mas também a construção de comunidades através do processo de criação das suas obras, formulando agências coletivas sustentáveis — é uma forma poderosa de criar engajamento crítico e político na produção cultural. Em Esgotada (2024), e no rico arquivo que a acompanha, Délio Jasse trabalha sobre a recuperação da memória enquanto tenta evitar um confronto frontal, usando modos de representação subtis das suas histórias familiares no contexto angolano.
Ambos trazem uma força complementar aos outros artistas da coleção. Ecoam uma ideia de solidariedade e comunidade, sempre em expansão, que eu queria incluir nesta exposição, e mais amplamente na coleção.
CF: A abertura a vozes e narrativas para lá da coleção em si é fundamental para a FAS. Um dos principais objetivos da coleção é fomentar o diálogo — não apenas entre as obras que a compõem, mas também com artistas e práticas que expandem ou desafiam o nosso projecto. Já apoiámos e comissionámos alguns projetos de artistas fora da coleção, de forma a ampliar e enriquecer a nossa missão e o ecossistema de que fazemos parte. A inclusão de artistas convidados nos nossos projetos não é nova — e é algo a que continuamos ativamente abertos.
A colaboração com o estúdio de Gabriel Chaile, especialmente durante a montagem de ¿Por qué has corrido tan lejos? (2024), foi particularmente significante, tal como a apresentação da série Esgotada (2024) de Délio Jasse — integrada da Coleção de Arte Contemporânea da Câmara Municipal de Lisboa. Esta apresentação foi cuidadosamente complementada com materiais do arquivo do próprio artista, permitindo uma contextualização mais aprofundada do trabalho dentro da coleção e da exposição.
A visão curatorial de Cindy enfatizou a importância destas contribuições, e, para nós na FAS, reforçou a nossa crença na coleção como um sistema que não pode ser fechado. Um sistema que se desenvolve não só por meio de aquisições, mas principalmente pelo diálogo, colaboração e intercâmbio. Esta abertura é central para a nossa missão e reflete a nossa visão sobre o papel de uma coleção nos dias de hoje: uma plataforma viva e dinâmica para a reflexão crítica.
From the surrounds, we build the present. Vista da exposição no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Lisboa, 2025. Fotos: Bruno Lopes. Cortesia EGEAC / Lisboa Cultura.
Foto: Vasco Vilhena.
FAS – Forward Art Stories
Galerias Municipais de Lisboa
A entrevista foi originalmente redigida em inglês e traduzida para português por Marta Espiridião.
- Tradução livre.